18 dicas para um 2017 mais “greenery” de verdade
9 de dezembro de 2016 POR Jojo COMENTA AQUI!

Já virou tradição, todo final de ano a Pantone anuncia a cor do ano que está por vir. Segundo a própria empresa, a escolha da cor é simbólica e é feita a partir da observação de movimentos culturais pelos quais o mundo está passando a cada ano. No ano passado, por exemplo, pela primeira vez, a empresa elegeu duas cores, o Rosa quartz e o Serenity como uma maneira de representar equilíbrio e um crescente diálogo sobre equidade de gêneros.

Pois, hoje mesmo, a Pantone anunciou sua escolha para a cor de 2017. Dá uma olhada:

Sim. Teremos um ano verde.

E faz sentido, especialmente se olharmos pelo lado do que o mundo anda precisando.

Em seu site, a Pantone explica sua escolha:

“Greenery é a cor dos recomeços. Seu tom cítrico levemente amarelado evoca aqueles primeiros dias da primavera, quando o verde da natureza começa a renascer, restaurar, renovar. Sua associação com folhagens e a exuberância da vida ao ar livre sinalizam ao consumidor o momento de respirar fundo, se oxigenar e revigorar.

Greenery é o tom neutro da natureza. Quanto mais submersas as pessoas estiverem na vida moderna, mais elas sentirão a necessidade de imergir na beleza física do mundo natural. Essa mudança se reflete na proliferação de todas as coisas “Greenery” no nosso dia a dia, do planejamento urbano à arquitetura, passando pelo design e lifestyle. Antes uma constante periférica, a cor está agora sendo puxada para o primeiro plano, se tornando uma matiz onipresente no mundo.”

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Pra mim a escolha fez bastante sentido. Mais do que representar um movimento que está acontecendo, Greenery representa um movimento que precisamos fortalecer. Lembrar de abraçar. Vamos lembrar que o cara que acabou de ser eleito presidente dos EUA não acredita discursa livremente contra avanços nas leis de proteção ambiental e acha que o buraco na camada de ozônio é uma grande farsa.

Precisamos de verde, minha gente. E não é de roupa ver, sofá verde, colar verde. Precisamos de verde de verdade. Faltou botar isso aí na explicação da Pantone.

Dito isso, aqui vão algumas coisas que você pode fazer para um 2017 mais verde:

1. DIMINUIR O CONSUMO DE CARNE VERMELHA

A criação de gado é uma das maiores responsáveis pelo aumento no buraco da camada de ozônio. Além disso, a pecuária tem relação direta com o desmatamento de áreas enormes de mata nativa que dá lugar a pasto para os animais.

Portanto, uma das maneiras de contribuir para um mundo mais verde é diminuir o seu consumo de carne. Mesmo se você ama carne e não imagina a sua vida sem um churrasquinho, dá pra contribuir moderando o consumo. Eu até cheguei a fazer um post há um tempinho falando sobre o Segundas sem Carne, um movimento que tem ganhado cada vez mais adeptos ao redor do mundo e incentiva as pessoas a passarem pelo menos um dia da semana sem comer nenhum tipo de carne.

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A verdade é que, uma vez que você se predispõe a contribuir, vai acabar descobrindo o tanto de receitas deliciosas e sem carne existem por aí. Ou seja, além de ser um hábito delicioso e saudável você ainda ajuda a salvar o planeta.

2. APOSTAR NOS ORGANICOS (DE COMIDA A ROUPAS)

São tantos os benefícios de consumir alimentos orgânicos que eu nem sei por onde começar. A agricultura orgânica não usa fertilizantes químicos nem agrotóxicos, o que, além de ser bom pra sua saúde, ainda contribui para não contaminar lençóis freáticos e poluir rios e lagos. Além disso, as técnicas orgânicas de rotação de culturas e uso de fertilizantes naturais evita a erosão, mantendo o solo fértil e produtivo.

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No caso da criação animal, os orgânicos garantem a não utilização de hormônios de crescimento, anabolizantes ou antibióticos.

3. OPTAR POR TECIDOS SUSTENTÁVEIS

Você sabia que lavouras de algodão são as que mais utilizam agrotóxicos?

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Pelo fato de não ser um produto comestível, agricultores abusam do uso de química para aumentar a produtividade. O uso intenso de pesticidas prejudica não somente o solo, mas também os animais da região e até os próprios agricultores (no The True Cost – aquele documentário que tá no Netflix e todo mundo tem que ver – tem um trecho inteiro só sobre isso).

A boa notícia é que mais e mais marcas estão apostando na produção de roupas utilizando algodão orgânico ou tecidos alternativos como o lyocell, uma trama feita a partir de celulose de madeira de reflorestamento.

4. USAR MAIS TRANSPORTE PUBLICO OU BICICLETA

Eu nunca tive carro, então sou suspeita pra falar sobre isso. Carros me estressam, trânsito idem. Além disso, o custo de um carro, mais os custos de estacionamento simplesmente não fazem sentido pra mim.

Eu sei, pra muita gente é uma mudança drástica demais. Então que tal começar de leve? Trocar o carro pela bicicleta ou por transporte público uma ou duas vezes por semana? Tentar andar mais a pé aos finais de semana? Pode ser gostoso e um jeito divertido de conhecer melhor o seu bairro e a sua cidade.

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5. INVESTIR EM ITENS DE SEGUNDA MÃO

Novamente, sou bem suspeita pra falar. Adoro um brechó e tenho um carinho incondicional pelo Enjoei. Mas a verdade é que dá pra encontrar produtos de segunda mão de primeiríssima qualidade, por um preço bem mais em conta do que suas versões novinhas em folha.

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Ah! E faz bem pro mundo também. Comprar de segunda mão é garantir que uma peça que iria pro lixo ganha nova vida. E não tô só falando de roupa não! Dá pra comprar móveis, eletrônicos, acessórios, tudo o que você imaginar, pode ter certeza de que tem alguém vendendo.

Boa notícia: o Facebook acaba de lançar o seu próprio market place, um espaço dentro do aplicativo em que você pode anunciar coisas pra vender ou ver quem está vendendo coisas perto de você. Tudo pra deixar o processo de compra e venda de usados mais prático pra todo mundo.

6. COMPRE UM FILTRO DE ÁGUA

Pelamordedeus, vamos parar de comprar garrafas de água? Não faz sentido gastar dinheiro com isso e ainda por cima estar consumindo um produto que vai demorar 100 anos pra se decompor se não for reciclado.

Solução é simples, vai ser boa pro planeta e boa pro seu bolso: compre já um filtro pra casa e uma garrafa reutilizável pra levar com você. Assim você não vai ser pego desprevenido quando bater aquela sede na rua e ainda vai evitar o uso de copinhos de plástico.

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7. COMPRE DE FORNECEDORES LOCAIS

Comprar de fornecedores locais, além de ser super bacana pra economia da sua cidade/região/país, contribui para a diminuição de emissão de CO2 no transporte desses produtos do seu local de origem até você. Quanto mais pertinho o produto tiver sido produzido, menos CO2 ele vai emitir pra conseguir chegar até você.

8. TROCAR LÂMPADAS TRADICIONAIS POR LED

Além de ter uma vida útil 50 vezes maior do que as lâmpadas incandescentes tradicionais, o LED não esquenta e portanto não desperdiça energia.

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O descarte do LED também é muito mais fácil e prático. Como ele não possui metais pesados na sua composição, o LED não precisa ter um descarte especial como as lâmpadas fluorescentes.

9. RECICLE CORRETAMENTE CELULARES E BATERIAS EM GERAL

Falando em descarte especial, tome um super cuidado com o descarte de celulares e baterias em geral. Justamente pela presença de metais pesados como chumbo e mercúrio na composição destes aparelhos, o descarte incorreto pode causar sérios danos pra natureza e pra saúde de pessoas e animais que entram em contato com esses resíduos. Portanto, não faça isso:

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Ao invés de jogar no lixo de casa, guarde pilhas e baterias numa gaveta e, quando tiver uma quantidade razoável leve a um posto de coleta específico (basta dar uma googada sobre onde encontrar um na sua cidade).

10. OPTE POR RECEBER CONTAS E EXTRATOS BANCARIOS ELETRONICAMENTE

Gente, 2017 quase já né? Ninguém mais precisa receber conta de papel né? Joga a responsabilidade pro seu email e economize a chateação de receber mil contas em casa. O lixo da sua casa vai respirar aliviado e o mundo agradece.

12. ANDE SEMPRE COM A SUA SACOLA REUTILIZÁVEL 

Saco plástico é um mal da humanidade que definitivamente precisamos abolir. O mal que ele faz pro meio ambiente é simplesmente absurdo. O tempo de decomposição é surreal de longo e o que acontece é que pedacinhos de plástico acabam indo parar nos oceanos. Além de poluir as nossas águas, o plástico acaba matando um tanto de espécies marinhas que confundem o resíduo com comida.

A boa notícia? É muito fácil parar de usar. Basta sempre andar com a sua sacolinha reutilizável dentro da bolsa.

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13. COPO E TALHERES REUTILIZÁVEIS TAMBÉM SEMPRE À MÃO (E GUARDANAPO DE PANO)

A Cristal, nossa colaboradora musa e autora do blog Um ano Sem Lixo, sempre dá essa dica. Talheres descartáveis são geralmente feitos de plástico e não péssimos pro meio ambiente. Entonces, que tal levar os seus talheres reutilizáveis e um guardanapo de pano sempre com você?

14. NÃO UTILIZE PRODUTOS QUE CONTENHAM MICROESFERAS DE POLIETILENO

Eu até escrevi sobre isso aqui no blog já, mas não custa repetir. Tem um monte de cosméticos aí pelo mercado que contém microesferas de plástico em sua composição. Sim. Cosméticos que contém bolinhas super pequenininhas de plástico. Essas esferas são tão pequenas que passam até pelos tratamentos de água e acabam se acumulando em rios e mares.

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Muitos países já estão trabalhando em leis pra acabar com a utilização das tais microesferas, mas tem muito produto no mercado ainda com elas em sua composição. Por isso é bom ficar de olho nas embalagens e, se encontrar a menção ao polietileno,

15. LAVE MENOS AS SUAS ROUPAS E, QUANDO POSSÍVEL, DEIXE QUE ELAS SEQUEM NATURALMENTE

Lavar roupas na máquina de lavar gasta muita água e energia. Além disso, lavar roupas com muita frequência atualmente contribui pro desgaste das peças, ou seja, elas vão durar menos no seu armário.

Eu sei, é verão e a gente sua e tal. Mas, na medida do possível, vamos tentar lavar menos as roupas? Eu por exemplo, sempre tento usar partes de baixo algumas vezes antes de botar pra lavar.

Outra coisa que ajuda é deixar as roupas secando naturalmente ao invés de usar uma máquina de secar. Aí o calor até ajuda, né?

16. TROQUE O ABSORVENTE DESCARTÁVEL PELO COPINHO 

Imagina quanto plástico a gente não joga fora simplesmente por usar absorventes descartáveis todos os meses? Felizmente, estão surgindo um monte de alternativas fáceis e acessíveis para esse problema. O mais comum e realmente baratinho é o copinho coletor. Depois de usar, basta lavar na pia. Sem lixo, sem desperdício.

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17. CONSERTAR COISAS QUEBRADAS AO INVÉS DE COMPRAR NOVAS

Lembro que durante a minha infância toda a minha casa teve a mesma geladeira. Era uma marrom e eu achava ela horrorosa, mas tive que aturá-la durante toda a minha infância e adolescência. Parece que naquele tempo as coisas eram menos descartáveis. Se a geladeira quebrava, a gente mandava consertar. Hoje, tenho a sensação que ninguém conserta mais nada. O celular quebrou? Compra outro. TV quebrou? Compra outra. Sola do sapato gastou? Comprar outro.

Consertar coisas é definitivamente um hábito que precisamos resgatar. Além de contribuir para a diminuição do lixo, a gente ainda incentiva a economia de serviços local.

18. CULTIVE PLANTINHAS EM CASA ONDE PUDER

Sou suspeita pra falar porque amo ter muito verde em casa. Acho que dá mais vida e nova energia ao ambiente. Além disso, é mais verde no mundo (mesmo que seja um pouquinho). Por fim, sempre acho que ter plantinhas pra cuidar acaba deixando a gente mais consciente sobre o cuidado que temos que ter com a natureza de forma geral.

Bora? Mudar pra ter um futuro mais “Greenery” de verdade? E a natureza vai ficar como?

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