Para um Carnaval sem violência contra a mulher
20 de Fevereiro de 2017 POR Jojo COMENTA AQUI!

Carnaval tá chegando e eu fico aqui de longe só acompanhando tudo nas redes sociais. E uma das coisas que mais me chamou a atenção nas últimas semanas foi a quantidade de campanhas / manifestações poderosas em prol de um Carnaval em que mulheres possam curtir sem se preocupar.

Imagina que coisa linda? Um Carnaval em que toda mulher possa ser livre pra fazer o que quiser, se vestir como quiser, dançar como quiser, pegar quem quiser e não pegar quem não quiser. Pois tem uma mulherada incrível que está batalhando pra fazer isso se tornar realidade. Pra que o Carnaval não seja mais sinônimo de assédio.

Aqui vão algumas iniciativas bacanas que encontrei por aí e que valem ser compartilhadas.

#ApitoContraOAssedio

Tudo começou no Carnaval do ano passado, quando a Lia viu uma menina sendo assediada num bloquinho. Decidida a fazer alguma coisa pra prevenir as agressões contra mulheres no Carnaval, Lia se juntou à Marina e Amanda e juntas criaram a campanha #ApitoContraOAssedio que incentiva mulheres a andarem com um apito. Foi assediada? Apita com toda força. O som funciona tanto como um recado pro cara pra sair fora quanto um chamado a outras mulheres que possam ajudar a vítima a se defender.

Olha o vídeo delas aqui explicando:

A iniciativa é tão bacana e simples que já está ganhando corpo. Na semana passada a Skol anunciou que vai apoiar o projeto distribuindo apitos em diversos blocos pelo Brasil. Mais detalhes nessa matéria aqui.

#UmaMinaAjudaAOutra

A revista Azmina tá fazendo uma campanha linda pra um Carnaval com mais sororidade, com minas ajudando outras minas, protegendo umas às outras. Eles até fizeram uma listinha com 9 dicas pra você mudar o Carnaval de ouras mulheres. Ó algumas delas aqui:

UASZ_Azmina_1 UASZ_Azmina_2 UASZ_Azmina_3

Pra ver as outras 7 dicas e ainda conferir histórias de minas que se ajudaram nos bloquinhos, entra aqui ó.

#SeVocêQuiser

Já parou pra reparar o quanto algumas marchinhas de Carnaval podem ser carregadas de preconceito e estereótipos negativos? Uma série de blocos estão inclusive revendo o repertório musical e deixando de fora músicas como “Cabeleira do Zezé” e “Maria Sapatão”. A explicação é que essas músicas acabam tornando normal um comportamento que já passou da hora de deixar de existir.

Pra contribuir para um Carnaval com mensagens mais positivas a Bruna Caram e o Chico César criaram uma marchinha que fala justamente sobre o combate ao assédio nos blocos. Nada como uma música pra ajudar a gente a repassar a mensagem, né? Ouve só?

#NãoÉNão

Falando em música, preciso dizer que a minha preferida pra esse Carnaval (e que não sai do meu Spotify há algum tempo) é o novo hit da Lila (a.k.a. minha cunhada linda). O ritmo é uma delícia pra dançar e a mensagem não podia ser mais clara: “quando a gente diz não, é não.” Ouve aí pra já entrar no clima da folia.

Espero que o Carnaval de vocês seja lindo, feliz e muito seguro. Aproveitem por mim!

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