A verdade é que, talvez, os anos 80 tenham sido a única época quando o macacão era realmente popular. E, talvez, exatamente por isso, muita gente ainda guarde consigo um certo preconceito, fruto de uma visão muito restrita do que pode vir a ser um macacão.
Pois estamos aqui hoje para desmistificar o macacão.
Ainda hoje, achar um macacão por aí não é tarefa fácil. E acho que deve ser por essa falta de popularidade que eu gosto tanto deles. É tão raro ver gente na rua usando, que, quando eu me deparo com algum, me sinto na obrigação de olhar com carinho e experimentar.
E, nessa minha trajetória de anos buscando macacões diferentes e bonitões, me deparei com muita coisa linda. Mas, mais do que isso, entendi que macacão nada mais é do que um vestido que cresceu pernas. E, tal qual um vestido, ele pode ser de tudo o que é jeito: chique ou despojado, estampado ou minimalista, brilhoso ou discreto.
Basta ficar atenta pra achar um que vai ser a sua cara. Bem, hoje vamos falar de um que achei a minha.
Pra começar, queria falar do modelo dele, que foi a primeira coisa que me encantou. Uma sub-tara bem recente da minha tara de macacões é a minha tara por macacões com aquela modelagem meio mecânico, sabe? Folgadinho, com manga curta, vários bolsos. Bem, esse era assim. Mas não pára por aí.
O mais legal é que, apesar da modelagem meio masculina, ele tinha a estampa mais doce do mundo. Com um fundo numa cor entre marrom e camelo (não sou boa com nomes de cores alguém me ajuda?), o tal macacão era salpicado por flores rabiscadas em preto, com detalhes delicadamente pintados de rosa e branco. Lindo, singelo e super diferente.
Como a modelagem era largona e eu não queria ficar parecendo muito largada, resolvi incluir, na composição, um cinto bem fininho marrom que quase se camuflou no fundo da estampa. O look já tinha muita informaçao (da cabeça aos pés estampada não é exatamente o que podemos chamar de minimalista), então, a ideia era só marcar a cintura e deixar a coisa o mais discreta possível.
Pra fechar essa história, e, já que estamos ousando no look, achei melhor apostar em acessórios clássicos: sapato preto e a bolsa vintage mais linda a habitar o meu armário.
Ah! E teve o turbante, né? Mas isso já tá virando básico por aqui 🙂
Créditos:
Macacão: Andrea Marques
Cinto: H&M
Bolsa: brechó em Buenos Aires
Sapato: Arezzo
Turbante: Urban Outfitters