Chicago em 3 dias
5 de agosto de 2015 POR Jojo COMENTA AQUI!
Depois de 10 dias cruzando esse país que agora eu habito, finalmente, estou de volta.Confesso, cheguei no domingo e estou há dois dias reunindo forças pra voltar a escrever e postar a todo vapor. Segundo o Marquinhos, precisamos de férias das férias. Acabei aproveitando esses dois primeiros dias de vazio cerebral pra dar uma geral na casa (que ficou fechada durante esses 10 dias e tava um horror). E, enquanto aspirava o chão, a cabeça ia voltando a funcionar.

Mas hoje já é quarta e eu peguei no tranco. Acordei cheinha de ideias e com uma vontade enorme de dividir com vocês todas dessas aventuras que a gente viveu na estrada.

Bem, vou começar explicando um pouquinho de como surgiu a ideia da viagem. Há uns três meses, quando começaram as ser vendidos os ingressos pro Lollapalooza, eu fui dar uma olhada no line up e dei de cara com um nome que me faz mover mundos: Paul McCartney. Olhei pro boy, o boy olhou pra mim. Compramos o ingresso na mesma hora.

O festival acontece todos os anos em Chicago (e mais alguns outros lugares do mundo, inclusive o Brasil, mas foi lá em Chicago que a história toda começou) e eu era doida pra conhecer a cidade. Resolvemos comprar só um dia do festival (sexta-feira) e aproveitar os dois outros pra turistar.

Tudo certo? Não. Fomos ver passagens. Tudo meio caro demais pra passar só um final de semana. Eis que o boy teve a brilhante ideia: “por que a gente não faz um trecho de carro?”. E assim nasceu a nossa roadtrip pelos parques nacionais do Utah, até Denver, onde pegamos o avião pra Vegas (e foi bem mais baratinho).

Mas o post da roadtrip ainda não é esse. Resolvi começar de trás pra frente e falar de Chicago primeiro. A cidade foi destino final da viagem, mas foi sua origem também (e a verdade é que ainda não consegui organizar todas as fotos).

Então vamos lá. Chicago, que cidade maneira você é, hein? Tanta coisa pra ver, tanta coisa pra falar de você. Foram só três dias, impossível de conhecer tudo. Então, resolvi fazer uma listinha das coisas que a gente fez e amou. E acaba sendo um bom roteiro pra quem vai passar rapidinho pela cidade mas quer aproveitar ao máximo. Vamos?

Dia 01: Magnificent Mile + Millennium Park + Lollapalooza + Deep Dish Pizza

Sim, a gente fez TUDO ISSAÍ num dia só. Mas não se desespere. É tudo pertin, uma coisa da outra, dá pra fazer tudin andando, coisa linda de viver.

Vamos por partes explicando cada pedacinho do dia:

Magnificent Mile é um pedaço da Michigan Avenue que concentra lojas, restaurantes e atrações turísticas. Pra quem quer fazer compras é uma beleza. Tem desde Chanel e Loius Vuitton a H&M e Topshop (passando por uma loja da Hershey’s que é pecado puro). Também é onde fica o Hancock Center, mas a gente fala dele já já.

Millennium Park é um pedaço do Grant Park que foi renovada para comemorar o milênio (daí o nome!).  O parque é conhecido por duas diversas atrações, incluindo o Jay Pritzker Pavillion (projeto arquitetônico incrível onde acontecem shows gratuitos), o Cloud Gate (obra do Anish Kappoor, mais conhecido como “The Bean” – “O Feijão” e que virou símbolo da cidade de tanto que o povo tira foto lá) e a Crown Fountain (uma fonte feita de painéis de led).

 

O Lollapalooza acontece uma vez por ano, durante o verão (geralmente em julho/agosto), dentro do Grant Park (que a gente falou aqui em cima). O parque é enorme e vive recebendo eventos durante o verão. Além disso, é lá que fica o Art Institute, eleito pelo Trip Advisor como o museu número 1 do mundo. Portanto, vale a ida ao Grant, mesmo se não estiver rolando festival.

Maaaaaas confesso que valeu muito a pena me organizar pra ir justamente no final de semana do Lolla. O que acontece com Chicago é no verão é uma coisa doida. Pensa numa cidade que pega três meses de inverno rigoroso. Quando eu digo rigoroso quero dizer neve até o joelho e temperaturas que podem chegar a 30 graus negativos. Você quer sair de casa quando tá -37? Pois é, nem o pessoal de Chicago.

Mas aí chega o verão e o calor e o povo fica doido. As praias e parques ficam cheias, o povo vai trabalhar de bermudinha, eventos acontecendo pela cidade inteira todos os dias.

E o Lolla é prova disso. Tava um calor que dava pra fritar ovo na calçada. Mas a mulherada vestiu seus cropped tops, os meninos cataram suas regatas e bandos de pessoas rumaram pro Grant Park debaixo do sol de 35 graus pra pular e dançar.

E lá fomos nós também.

E já que falamos de looks, pausa na programação para o momento look do festival.

Eu queria ir fresquinha e sem muito frufru. Tinha comprado esse macacão jeans uma semaninha antes na liqui da Zara e me apaixonei por ele. Fresco, fofo e prático (ele é folgadinho e não precisa nem tirar pra ir nos banheiros químicos do festival, se é que vocês me entendem).

Pra me cobrir um pouquinho do sol e dar uma cor a mais pro look, joguei o meu quimono longo preferido. Eu AMO essa estampa da Kimonaria. Acho ela chique, alegre e super versátil. Como o quimono é de seda, ele foi também era super fresquinho, além de fazer um efeito lindo com o vento que nunca pára de soprar na cidade.

Quase nenhum acessório, só o tênis zebra (contraste de estampa gracinha com o quimono) e óculos escuros porque sem eles não tava dando pra viver.

Pra finalizar, quase nada de make porque o calor não tava permitindo exagerar. Passei protetor solar, um tiquinho de corretivo, blush e rímel e só.

Bem, quem acompanhou tudo no Snap me viu super emocionada com o show do Paul. Chorei litros, abracei muito o homi e cantei absolutamente todas as músicas. Se não bastasse tudo isso, a lua cheia ainda teve a cara de pau de nascer do lado do palco. Foi desses momentos absolutamente inesquecíveis.

Depois de toda essa animação, pulação, emoção, barriga tava roncando.

Fomos pro Giordano’s, conhecido em Chicago pelo deep dish pizza, uma pizza que mais parece uma torta. Dois pedaços são uma refeição daquelas de sair do restô pedindo arrego.

Dia 02: Hancock Center + Praia em North Beach + fogos no Navy Pier

Chicago tem dois prédios super altos e famosos que disputam o posto de melhor vista da cidade. O mais novo (e mais alto) é a Willis Tower. A torre comercial tem 108 andares e, lá em cima, cabines com chão de vidro pros mais corajosos.

A gente tentou ir lá, mas chegando na porta do prédio fomos avisados de que a fila pra subir demoraria mais de duas horas.

Decidimos não perder esse tempo e fomos direto pra segunda opção: o Hancock Center (que fica lá no Magnificent Mile que falei no início do post). Um pouquinho mais baixo (100 andares, mas com a vantagem de uma vista 360º. Sem fila alguma, em 5 minutos a gente tava lá em cima (curiosidade: o elevador leva 40 segundos pra subir até o topo do prédio).

Aí tá vendo essa praia aí na vista? A segunda que começa da metade da foto pra cima. Essa é North Beach. E foi lá que a gente passou o fim da tarde, tomando sol, colocando o pé no lago (sim! essa água toda é o Lago Michigan).

Quando o sol se pôs, a gente pegou um bus (fica pertinho, mas a gente tava bem cansado) e fomos pro Navy Pier. O pier que hoje abriga um mini shopping, cinema, praça de alimentação, parque de diversões um jardim interno lindo de morrer, nasceu como um centro de treinamento para aterrissagem em porta aviões durante a Segunda Guerra. Hoje é um lugar super turístico, delícia de passear. Toda quarta e sábado, ainda tem show de fogos de artifício no fim do dia.

Dia 03: Architecture River Cruise + rooftop da Trump Tower

Chicago é conhecida por sua arquitetura. Alguns dos arquitetos mais fomosos do mundo trabalharam em prédios espalhados pelo centro da cidade. E o melhor jeito de conhecer tudo e entender a relevância de cada edifício é através de um dos passeios de barco pelo Chicago River. Várias empresas oferecem o serviço, mas a gente escolheu fazer o da Architecture Foundation especialmente pelo fato dos guias serem professores de arquitetura voluntários.

O tour dura 90 minutos e a guia explica tudo de uma forma super fácil e gostosa de ouvir. Mas, se você for no verão, eu recomendo escolher um que comece cedo quando o dia ainda estiver mais fresquinho.

Depois, vale andar até a Trump Tower que fica logo ali do lado pra tomar um drink e ver a vista.

E esses foram os nossos três dias. Tão pouquinho pra uma cidade tão incrível. Mas a gente volta assim que der. Quero ir no outono pra ver as folhas caindo. Quem sabe?

Amanhã conto das nossas andanças pelo Utah que esse post já tá uma enciclopédia.

Créditos

Macacão: Zara
Quimono: Kimonaria
Tênis: Converse
Óculos: Ray Ban na Sunglass Hut